Personalidades

Foi o fundador da Congregação das Irmãs da Providência e do instituto dos Irmãos de São José. Por conta da Queda da Bastilha, Padre Dujarié exerceu um ministério clandestino por mais de 6 anos, percorrendo longas distâncias durante a noite para consolar doentes e batizar crianças.

Dujarié fundou, em 1810, a Congregação das Irmãs da Providência e, em 1823, a Instituição dos Irmãos de São José. As duas entidades dedicavam-se, sobretudo, a oferecer instrução e formação religiosa a jovens de origem humilde que jamais teriam real oportunidade.

Em 1835, após anos de luta à frente de suas importantes obras, Padre Dujarié, já bastante debilitado, renunciou como Superior do Instituto dos Irmãos de São José e nomeou como seu sucessor o Padre Basílio Moreau.

Vitral com imagens do Padre Dujarié e Basílio Mureau

Padre Basílio Mureau e Dujarié

Padre Basílio Moreau: foi o fundador da Congregação de Santa Cruz em 1837. Em 1821, com apenas 22 anos, foi ordenado sacerdote e passou a receber um número cada vez maior de solicitações para pregar nas diversas paróquias da redondeza de Le Mans, na França. Fundou a Sociedade dos Sacerdotes Auxiliares, que se dedicavam ao ministério da pregação, da educação cristã e das missões estrangeiras.

Em 1835, Padre Moreau assumiu a direção da Congregação dos Irmãos de São José, obra iniciada pelo Padre Jacques Dujarié, destinada à educação dos jovens das aldeias francesas. Da união das duas sociedades nasceu a Congregação de Santa Cruz. A providência ainda o convidou para ampliar a Congregação com a fundação das Irmãs Marianitas, o que seria a realização completa de seu sonho.

À frente do seu tempo, Padre Moreau acreditava na eficiência da educação integrada, em uma união entre o catecismo, as ciências e a filosofia. O seu zelo o levou a gestos corajosos e motivou seus religiosos a trabalharem não somente na França, mas também em outros países. Em 15 de setembro de 2007, Padre Moreau foi beatificado em Le Mans, na França.

Túmulo do Padre Moreau em Le Mans

Padre Moreau

Beatificação de Padre Moreau em 2007

Irmão Paulo Schaefer: quando era jovem, Irmão Paulo serviu o Exército dos Estados Unidos e, na Segunda Guerra Mundial, militou como capitão das Forças Aéreas dos EUA. Foi nessa época que sentiu o chamado de Deus para servir a Congregação, iniciativa tomada em 1946, aos 28 anos. Seu trabalho foi crucial para a concretização do Colégio: atuou como relações públicas e assessor de imprensa, divulgando o Notre Dame por meio dos jornais, nas escolas e diretamente com a sociedade na tentativa de conquistar alunos, viabilizou negociações com arquitetos, construtores e bancos, atraiu professores bem reconhecidos para trabalhar no novo colégio, lecionou e também foi diretor do Notre Dame até 1963.

Na década de 1980, além das atividades como Irmão e professor, ele estava presente em todas as promoções sociais e esportivas, sendo um dos entusiastas torcedores dos atletas do Colégio, além de participar de acampamentos e excursões com alunos para os Estados Unidos, Argentina e cidades brasileiras. Irmão Paulo era conhecido também por seus dons artísticos, com os belos retratos que fazia dos alunos. Seu nome é dado a várias áreas do Colégio.

Irmão Paulo com professoras e alunas na Festa da Primavera

Ir. Paulo Schaefer

Irmão Paulo entre alunos

Irmão Pedro Maranto: foi o terceiro diretor do Notre Dame e permaneceu no cargo por 26 anos, de 1969 a 1995, assumindo a mais longa e significativa gestão. Sua assertividade, competência, sabedoria, intuição e discernimento à frente do Colégio consolidaram o sucesso da nossa instituição, que durante a sua gestão chegou a ter cerca de 2,3 mil alunos. Foi também moderador do Clube dos Pais por vários anos.

Na década de 1980, quando se formavam filas enormes de carros por dias seguidos em épocas de matrícula, Irmão Pedro distribuía senhas para as famílias na fila ainda de madrugada. Até que, inconformado com essa situação, ele teve a ideia de fazer por telefone a primeira triagem de interessados. Além do âmbito pedagógico e administrativo, eram marcas do Irmão Pedro o aroma do seu charuto pelos corredores e as plantações de roseiras com as quais ele se dedicava além do horário de trabalho.

Irmão Pedro ao centro

Irmão Pedro Maranto

Irmão Pedro (de vermelho) em confraternização com outros Irmãos da Congregação

Irmão Jerônimo Schwabe: foi enviado ao Ginásio Dom Amando em Santarém no ano de 1957 e iniciou o primeiro programa de formação de candidatos aos Irmãos de Santa Cruz. Ajudou na administração do colégio até ser transferido para o Ginásio Notre Dame em 1963. Aqui, iniciou seu trabalho dando aulas de Inglês e Religião e, em junho de 1963, assumiu a gestão do Colégio.

Irmão Jerônimo foi o segundo diretor do Notre Dame e permaneceu no cargo até dezembro de 1968, mas, por muitos anos seguintes, continuou a dar aulas e a orientar alunos e professores. Fez parte da diretoria do Clube dos Pais de julho de 1963 até 1970.

Irmão Jerônimo entre alunos

Ir. Jerônimo Schwabe

Irmão Jerônimo (à direita) com professores

Mister Frank Donahue: conhecido pelos alunos como “Mister”, Frank Donahue era um americano aposentado da Companhia Dupont, que veio para Campinas e se dedicou voluntariamente pelo bem do Colégio, sobretudo na Tesouraria e na Biblioteca, a qual foi iniciada com a doação do seu acervo particular e administrada por ele durante os primeiros anos. Em 2011, após ser instalada em um novo edifício, a Biblioteca foi denominada Biblioteca Mister Frank Donahue, em sua homenagem.

Mr. Frank Donahue (à esquerda) com alunos e Irmão Paulo

Mr. Frank Donahue (o segundo da direita para esquerda) visitando a Universidade Notre Dame

Abastada família paulistana que doou para a Congregação de Santa Cruz, em 1960, o terreno de 68.740 m² para a construção do Colégio. Assinaram pelos doadores os diretores da fazenda, Silvio Bueno Vidigal e Álvaro Augusto Bueno Vidigal, filhos da doadora Maria Amélia Bueno Vidigal.

ÁLVARO AUGUSTO BUENO VIDIGAL

CAMPUS NOS PRIMEIROS ANOS DO COLÉGIO

TERRENO DO COLÉGIO

Anna Maria Affonso Ferreira: diretora-presidente da Companhia de Habitação Popular Bandeirante (COHAB), foi uma das pessoas a intermediar a doação do terreno da família Bueno Vidigal ao Notre Dame, apresentando Maria Amélia Bueno Vidigal ao Irmão Paulo. Em 1963, foi conselheira do Clube dos Pais e teve nos anos seguintes seus três filhos estudando no Colégio. A primeira ala construída no campus recebeu seu nome em 2011, durante a comemoração dos 50 anos do Notre Dame.

Anna Maria na celebração de 50 anos da Cohab

Anna Maria recebe homenagem de Irmão Tomé e Lorenço

Irmão Frank William Robinson: Frank Robinson entrou no postulantado dos Irmãos de Santa Cruz em 1950. Fez os primeiros votos religiosos em fevereiro de 1952 e trabalhou em várias funções nos colégios dos Irmãos na Califórnia até 1980, quando foi transferido para o Brasil. Chegando ao Notre Dame com muitos talentos e anos de experiência como professor e mecânico, participou dos trabalhos do departamento de Manutenção. Além de coordenar os serviços de proteção e reparo do patrimônio físico, ele auxiliava no conserto e na compra dos sistemas de som e, posteriormente, continuou a ajudar a equipe de Manutenção atuando como consultor. Serviu também como motorista, sendo responsável pelas compras e pela contabilidade.

Irmão Frank fez parte da primeira diretoria do CECOIA e dirigiu a Casa de Belém com os outros Irmãos, quando a obra assistencial passou a se localizar no antigo prédio destinado a eles, nos jardins do Colégio.

Irmão Frank à direita

Irmão Ricardo Burgie: foi professor de Biologia no Notre Dame entre os anos de 1973 e 1986. Iniciou a integração dos alunos no processo de aprendizagem em grupos, conseguia relacionar o que ensinava em sala de aula com o espaço ambiental, nomeava as árvores do colégio e organizou um orquidário ao lado do roseiral do Irmão Pedro.
Sempre entusiasmado por diversos esportes, além de dirigir os treinamentos de basquete, ele jogava futebol e tênis com os alunos

Irmão Ricardo Burgie com alunos e seus protótipos de aviões

Irmão Ricardo com seu time de basquete em 1983

Irmão Ricardo e alunas

Dirce Laroca Burnier: muito conhecedora de Campinas e altamente religiosa, foi quem apresentou Maria Amélia Bueno Vidigal ao Irmão Paulo junto a Anna Maria, intermediando a doação do terreno para a construção do Colégio. O conhecimento que ela possuía a respeito do povo campineiro serviu para abrir muitas outras portas de auxílio para a nova instituição.

Dona Dirce estava presente no lançamento da pedra fundamental do Ginásio Notre Dame em 1960 e foi a primeira secretária da instituição, trabalhando voluntariamente até 1964. Apesar de tantos afazeres no Colégio, ela sempre insistia em limpar a casa de Deus — a capela sempre foi o lugar mais limpo e mais brilhante do Notre Dame. Tantas vezes, depois de muitas horas de trabalho, Dona Dirce era encontrada de joelhos, limpando e polindo a capela.

Placa do prédio em sua homenagem

Dirce Laroca na inauguração da sede definitiva do Colégio

Charles Corbett: começou sua história no Notre Dame como aluno, de 1966 a 1970. Voltou ao Colégio como professor de Física, Ciências e Matemática e participou da implantação da Área de Computação, assumindo sua coordenação em 1991. Nessa época, Charles já visualizava novas possibilidades de utilização da tecnologia na educação.

Sua capacidade intelectual e espírito de liderança foram essenciais para o desenvolvimento técnico e pedagógico da equipe de Informática.

Charles Corbett

Irmão Guilherme St. Romain: foi professor de Ciências, Inglês e Religião das turmas do Ginásio e fez parte da Associação de Pais e Mestres em 1971 e 1972. Entre janeiro e novembro de 1984, passou a dirigir a Casa de Belém em conjunto com os outros Irmãos.

Como professor em sala de aula, atuava com muito entusiasmo, procurava despertar o interesse dos alunos e era muito criterioso na formulação das provas.

Irmão Ricardo com seu time de basquete em 1983

Santo André Bessette: apresentou-se para a Congregação de Santa Cruz em 1870 em Montreal, onde desejava fazer o noviciado. Devido à fragilidade de sua saúde, não foi aceito de imediato, mas venceu pela insistência e demonstração de sua grande espiritualidade. Ao falar de suas atividades iniciais, ele tinha orgulho em dizer que, quando entrou para a Congregação, permaneceu na portaria do Colégio Notre Dame por 40 anos, sem deixá-la.

Irmão André começou a acolher pessoas doentes e deprimidas e visitava-as em suas casas por toda a região, sempre recomendando rezar para São José, pedindo a recuperação da saúde e da paz interior. Em pouco tempo, várias pessoas começaram a relatar que suas preces estavam sendo atendidas e cada vez mais pessoas iam ao encontro dele.

Como a portaria do Colégio Notre Dame não podia mais receber tanta gente com o passar dos anos, ele ergueu a primeira Capela em 1904 com a ajuda dos amigos e da Congregação, que foi ampliada em 1908 e novamente em 1910. Em 1917, uma nova Igreja-Cripta foi inaugurada, para mil pessoas, sendo o ponto de partida para um empreendimento ainda maior: Irmão André uniu esforços para construir o Oratório, que se tornaria o maior santuário do mundo dedicado a São José e a maior igreja do Canadá, com capacidade para 4 mil pessoas. Infelizmente ele não pôde ver a conclusão da obra, vindo a falecer em janeiro de 1837.

Irmão André foi o primeiro religioso da Congregação de Santa Cruz a ser canonizado, em 17 de outubro de 2010, no Vaticano, com o nome de Santo André Bessette. O Colégio está finalizando a primeira igreja no Brasil em sua homenagem, localizada dentro do campus do Notre Dame.